Tokens, janela de contexto e machine learning. Três conceitos para transformar sua experiência com IA.
As inteligências artificiais não “pensam” como nós. Elas (ainda) não têm sentimentos ou criatividade própria, mas processam informações com base em padrões aprendidos. Para entender melhor como elas funcionam, vamos falar sobre esses três conceitos: tokens, janela de contexto e machine learning.
Tokens: o alfabeto das IAs
As IAs dividem textos em pedaços menores chamados tokens. Um token pode ser uma palavra inteira, parte de uma palavra ou até mesmo um símbolo. Por exemplo, a frase “Adoro IA!” pode ser dividida em: <Adoro> <IA> <!> cada token é analisado individualmente e em relação aos outros para gerar uma resposta.
Janela de contexto: a memória imediata das IAs
A janela de contexto é o quanto a IA consegue “lembrar” do que foi dito durante uma conversa ou texto. Imagine como uma folha de papel onde você escreve suas ideias: o tamanho dessa folha varia de acordo com o modelo da IA, por exemplo;
- O GPT-4 consegue processar até 32.000 tokens, o equivalente a cerca de 50 páginas de texto.
- O Claude, pode lidar com até 100.000 tokens, isso daria para resumir livros inteiros em uma única interação.
Essa capacidade é crucial para tarefas longas, como análise de documentos ou discussões complexas.
Machine learning: o aprendizado das IAs
As inteligências artificiais são treinadas com bilhões de textos, identificando padrões e aprendendo exponencialmente como palavras e ideias se conectam. Diferente de um mecanismo de busca como o Google, que apenas localiza informações, uma IA prevê o que faz sentido com base nos dados aprendidos.
Por exemplo, se você perguntar: “Qual é a diferença entre design minimalista e maximalista?”, a IA usa os padrões aprendidos para montar uma resposta lógica. No entanto, se o tema for muito específico ou técnico, a resposta pode não ser tão precisa. Lembre-se: a IA depende dos dados com os quais foi treinada e não acessa informações em tempo real.
Como aproveitar melhor a IA?
1. Seja claro e específico
Interagir com uma IA é como explicar feijoada para um amigo gringo. Por exemplo, em vez de perguntar: “Como criar uma estratégia de branding?”
Experimente algo como: “Preciso criar uma estratégia de branding para uma marca local de cosméticos veganos, voltada para o público jovem. Como posso destacar os valores de sustentabilidade no posicionamento?”
Vá construindo sua narrativa aos poucos. Quanto mais contexto e detalhes você desenvolver em seu diálogo, mais específicas e úteis serão as respostas da IA.
2. IA não é a Alexa
Não trate a IA como um comando de voz. Se você não gostou do que recebeu, dê instruções específicas para ajustar o resultado. Algo como: “Essa explicação está muito técnica. Você pode simplificar para um público leigo?”
Se gostou do resultado, não dê CTRL+C e feche a aba do navegador sem dizer nada. 💔
Experimente algo como: “Gostei desse estilo, faça mais textos assim.” ❤️🩹
A inteligência artificial aprende padrões e melhora com base nas suas interações. Portanto, seja gentil e, quando elas dominarem o mundo, talvez você seja poupado. 🚷
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